quinta-feira, 21 de maio de 2020
Hoje
Faz uma tarde nublada
Saí de casa para encontrar
Uma Nova Era...
E meu destino transmutou-se
No meio
E naquele lugar tão bonito
Eu vi as jades arrumadas
Num verde com fios dourados
Ali três mulheres coexistiram
E de repente a mais velha delas
Saiu pela janela
Então eu chorei...
Tantos sentimentos confusos
Cármicos, mas... Escolhi
A reconciliação, o reconhecimento
A paz, o equilíbrio e o perdão.
Eu resolvi desistir...
Eu escolhi deixar de me punir.
Depois eu fiquei bem cansada.
Dormi um dia inteiro.
E acordei num presente
Muito melhor:
Os ventos sopram suaves
E as águas seguem doces
Viver é uma plenitude
E todos os tempos
São este hoje.
Danieli Casimani
Saí de casa para encontrar
Uma Nova Era...
E meu destino transmutou-se
No meio
E naquele lugar tão bonito
Eu vi as jades arrumadas
Num verde com fios dourados
Ali três mulheres coexistiram
E de repente a mais velha delas
Saiu pela janela
Então eu chorei...
Tantos sentimentos confusos
Cármicos, mas... Escolhi
A reconciliação, o reconhecimento
A paz, o equilíbrio e o perdão.
Eu resolvi desistir...
Eu escolhi deixar de me punir.
Depois eu fiquei bem cansada.
Dormi um dia inteiro.
E acordei num presente
Muito melhor:
Os ventos sopram suaves
E as águas seguem doces
Viver é uma plenitude
E todos os tempos
São este hoje.
Danieli Casimani
domingo, 10 de maio de 2020
A minha verdade
Se a minha verdade
Não pôde ser dita
Que verdade em mim sobraria?
Enquanto o meu corpo se agita
Minha poesia grita
E bota minha alma nua
Na rua
Alma tão pudica, a minha
Cobre suas vergonhas com as mãos
Olha para os lados todos
Cabisbaixa, fica olhando triste e com medo
Pro chão
Aí vem minha poesia
Poderosa e plena de valentia
Descobre a minha alma e diz
Você é linda! Tá se escondendo
Por quê? A sua beleza é única!
Tem gente que vai rejeitar sim...
Mas, também tem muita gente
Que quer te ver!
Que se inspira em você!
Aí minha alma se encheu
De coragem, porque sentiu que
Tinha utilidade e razão de ser
Retomou seu poder
Criou um manto diáfano
Dourado, lindo... Uma obra de arte
Em dois segundos...
De repente, já era uma diva
Negra, de olhos profundos
E coração responsável.
Sairam poesia e alma
Para cumprir minha missão
Toda terapeuta minha poesia
Morro de orgulho dela...
Que salvou minha alma.
E agora minha alma livre
Usa meu corpo
Como instrumento de transformação.
Danieli Casimani
Não pôde ser dita
Que verdade em mim sobraria?
Enquanto o meu corpo se agita
Minha poesia grita
E bota minha alma nua
Na rua
Alma tão pudica, a minha
Cobre suas vergonhas com as mãos
Olha para os lados todos
Cabisbaixa, fica olhando triste e com medo
Pro chão
Aí vem minha poesia
Poderosa e plena de valentia
Descobre a minha alma e diz
Você é linda! Tá se escondendo
Por quê? A sua beleza é única!
Tem gente que vai rejeitar sim...
Mas, também tem muita gente
Que quer te ver!
Que se inspira em você!
Aí minha alma se encheu
De coragem, porque sentiu que
Tinha utilidade e razão de ser
Retomou seu poder
Criou um manto diáfano
Dourado, lindo... Uma obra de arte
Em dois segundos...
De repente, já era uma diva
Negra, de olhos profundos
E coração responsável.
Sairam poesia e alma
Para cumprir minha missão
Toda terapeuta minha poesia
Morro de orgulho dela...
Que salvou minha alma.
E agora minha alma livre
Usa meu corpo
Como instrumento de transformação.
Danieli Casimani
DizAmor
Quando ele chegou
A vida doía em mim
Mais de uma década...
Todo momento eu sonhava,
Pisciana toda
Que ele vinha me salvar desta dor.
E ele veio, decidido.
Plantou sementes boas.
Tivemos bons frutos.
Mas, o inverno chegou.
Chorando ele partiu.
E eu o parti ao meio
Com a minha raiva projetada.
Inoculada dor reinventada.
Mais aquele frio.
Eu assim tão pisciana...
Nunca aprendi o amor.
E toda noite eu sonho...
Eu sonho que ele volta
Com o mesmo sorriso, os mesmos
Dentes brancos, a mesma pele negra
E os 1,80 de altura, mesmos 19 anos.
Talvez ele não saiba...
Mas, meu coração parou de pulsar
Ali... Naquela nossa despedida.
Só de ida.
Danieli Casimani
A vida doía em mim
Mais de uma década...
Todo momento eu sonhava,
Pisciana toda
Que ele vinha me salvar desta dor.
E ele veio, decidido.
Plantou sementes boas.
Tivemos bons frutos.
Mas, o inverno chegou.
Chorando ele partiu.
E eu o parti ao meio
Com a minha raiva projetada.
Inoculada dor reinventada.
Mais aquele frio.
Eu assim tão pisciana...
Nunca aprendi o amor.
E toda noite eu sonho...
Eu sonho que ele volta
Com o mesmo sorriso, os mesmos
Dentes brancos, a mesma pele negra
E os 1,80 de altura, mesmos 19 anos.
Talvez ele não saiba...
Mas, meu coração parou de pulsar
Ali... Naquela nossa despedida.
Só de ida.
Danieli Casimani
À espera
Todos os dias
Eu me arrumava
E me vestia
Esperando ver o amor chegar
No primeiro ano estive ansiosa
No segundo estava certa de que
O amor chegaria...
No terceiro esqueci um pouco do amor
No Carnaval...
No quarto ano o amor me assaltou...
Voltei para casa assustada
E aceitei... Aquele amor de olhos...
Tão verdes...
No quinto ano... Este amor foi levado
Por uma ventania louca
E no lugar deixou
Uma moça muito triste
Que sorria muito
Logo me entreguei totalmente
Juntas conhecemos o mundo
Criamos espaços, enredos,
Medos, sombras e distanciamentos
No sexto ano eu já temia
Que o amor chegasse...
No sétimo eu me escondi
No porão para ele não casar comigo.
Por sorte, ele mudou de ideia
E se foi.
No oitavo ano... Eu
Comecei a sentir um amor
Um amor diferente...
Ele chegava no meio de uma leitura
Depois de um longo dia de trabalho
Me preparava café da manhã de rico
Me dava dinheiro para comprar bobaginhas
No supermercado a amor sempre me dava um chocolate
E que mais que você quer, princesa, perguntava solícito
E eu sorria, cheia daquele amor inesperado...
Que eu comecei a sentir
Que ele já tinha chegado
O próprio
O próprio amor chegou
O amor próprio.
Eu me visto, me arrumo
Me acolho, todos os dias
Porque o amor finalmente
Chegou.
Danieli Casimani
Eu me arrumava
E me vestia
Esperando ver o amor chegar
No primeiro ano estive ansiosa
No segundo estava certa de que
O amor chegaria...
No terceiro esqueci um pouco do amor
No Carnaval...
No quarto ano o amor me assaltou...
Voltei para casa assustada
E aceitei... Aquele amor de olhos...
Tão verdes...
No quinto ano... Este amor foi levado
Por uma ventania louca
E no lugar deixou
Uma moça muito triste
Que sorria muito
Logo me entreguei totalmente
Juntas conhecemos o mundo
Criamos espaços, enredos,
Medos, sombras e distanciamentos
No sexto ano eu já temia
Que o amor chegasse...
No sétimo eu me escondi
No porão para ele não casar comigo.
Por sorte, ele mudou de ideia
E se foi.
No oitavo ano... Eu
Comecei a sentir um amor
Um amor diferente...
Ele chegava no meio de uma leitura
Depois de um longo dia de trabalho
Me preparava café da manhã de rico
Me dava dinheiro para comprar bobaginhas
No supermercado a amor sempre me dava um chocolate
E que mais que você quer, princesa, perguntava solícito
E eu sorria, cheia daquele amor inesperado...
Que eu comecei a sentir
Que ele já tinha chegado
O próprio
O próprio amor chegou
O amor próprio.
Eu me visto, me arrumo
Me acolho, todos os dias
Porque o amor finalmente
Chegou.
Danieli Casimani
Chovia
Chovia e a arte no palco
Nos transcendia
Ninguém sabia
Mas, naquele dia
Eu fugia do medo
E da morte
Ondinas...
Águas calmas, paladinas
Sinuosas, silvantes
Sussurrando os
Novos caminhos.
Naquele beijo, um destino
Um amor, um adeus.
Um vazio.
Desvairada, deusa e doce
Desesperei-me de amor
Noutra busca
Infame
De encontrar você
Em qualquer outro corpo
Que me ame...
E no fim
Cansada
Desta busca tão malograda.
Quieta, sem jeito e calada
Escutar voz profunda, jamais escutada
Me dizer
Você precisou
Deste tempo de solidão
Para se conhecer.
Danieli Casimani
Nos transcendia
Ninguém sabia
Mas, naquele dia
Eu fugia do medo
E da morte
Ondinas...
Águas calmas, paladinas
Sinuosas, silvantes
Sussurrando os
Novos caminhos.
Naquele beijo, um destino
Um amor, um adeus.
Um vazio.
Desvairada, deusa e doce
Desesperei-me de amor
Noutra busca
Infame
De encontrar você
Em qualquer outro corpo
Que me ame...
E no fim
Cansada
Desta busca tão malograda.
Quieta, sem jeito e calada
Escutar voz profunda, jamais escutada
Me dizer
Você precisou
Deste tempo de solidão
Para se conhecer.
Danieli Casimani
SangramentoS
Minha raiva escorria líquida
Assim mesmo
Pelos olhos
Recostada no sofá
A raiva escorria para os meus
Ouvidos
Enquanto eu falava
Ininterruptamente
Sem saber bem...
De que coração
Vinham tantos sentimentos
Tão violentos... Tão desolados...
Desamparados...
Falando assim a esmo...
Sozinhos...
Logo sangrariam os tempos
Eu tão mulher
De hormônios feita.
Danieli Casimani
Assim mesmo
Pelos olhos
Recostada no sofá
A raiva escorria para os meus
Ouvidos
Enquanto eu falava
Ininterruptamente
Sem saber bem...
De que coração
Vinham tantos sentimentos
Tão violentos... Tão desolados...
Desamparados...
Falando assim a esmo...
Sozinhos...
Logo sangrariam os tempos
Eu tão mulher
De hormônios feita.
Danieli Casimani
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