terça-feira, 27 de janeiro de 2015

De amor, sobretudo.

Obrigada a todos os que me escreveram...
A dor da perda de um ente querido é algo inexplicável... Uma dor tão profunda que não é comunicável, em nenhuma língua... Só quem já passou por esta experiência saberá do que estou falando... Porque eu também não sabia... E contar com palavras de conforto, de proximidade, de amizade, de auxílio, nos acalma, tranquiliza, acalenta... faz a dor ir diminuindo um pouquinho...
Me sinto grata por ter encontrado em meu caminho pessoas generosas e atenciosas, capazes de uma palavra de conforto e de disponibilidade para ajudar o outro... Isto dinheiro nenhum paga... É humanidade em ação...
Penso que a morte nos traz mais próximos da vida, dos seres vivos, seres humanos, nos alerta sobre o fato de que estamos aqui de passagem...
Então, que façamos uma boa estadia, bons elos, relacionamentos. Boas ações, bons gestos... Não é sempre fácil... Mas, nem sempre difícil.
A morte é uma dura experiência... Para nós que estamos vivos... Porque nos damos conta de que também vamos passar, e que aqueles que tanto amamos... partem também um dia...
Que sejamos capazes de perceber todos os dias o singelo no exercício verdadeiro de viver a vida... E ou a verdade simples nos gestos cotidianos... Como dar de beber a quem tem sede, sem julgar o fato de que ele não se preocupou em levar consigo uma garrafa d´água... Como sorrir e brincar junto a uma criança... Sem se julgar louco ou imaturo... Como dar o lugar a uma pessoa mais velha... Respeitar o ser humano no outro, praticar a humanidade... Uma hora também chega a nossa vez...
Assim, a vida passa a ter uma conotação mais larga, mais ampla, mais profunda, mais autêntica, mais plena... Viver é um ato de coragem e de amor... De amor, sobretudo.

Danieli de Castro

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