A mulher debruçou-se na janela
Olhos pintados e apaixonados...
Sorri.
Saiu decidida a encontrar o amor
Caminhou delicada e segura.
Bateu na porta, o amor...
Demorou-se para subir as escadas
sentou-se do outro lado da sala...
A mulher afoitou-se.
Quis ajudar, ouvir os problemas
deste amor doente.
Ler poesia, fazer unguento...
Ler poesia, fazer unguento...
De nada adiantou. Aquele amor não quis ser curado.
Lágrima desceu. A mulher andou pensativa.
Mar que vai e vem dentro dela...
Descobriu uma nova rota.
No vestido branco saiu para a noite
Como quem caminha sem pressa para voltar.
Se entregou a vida e viveu o êxtase
inesperado. Beijou intensa e violentamente.
Adormeceu nos braços da amizade.
E acordou cheia de cores e preguiça.
Voltou para casa risonha, apressada e com
dois beijos marcados em cada parte
do corpo, coberto pelo vestido...
Branco.
Danieli de Castro
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