canta para Oxalá e se acalma toda...
O dia começa é o caos que se inicia?
Menina olha para o passado
e sorri maravilhada: ficou mais bonita...
Como o moço sempre lhe dizia, que o tempo passava e a beleza dela aumentava...
Constantes pensamentos desenfreados
cansam o corpo dela que caminha entre as vozes
e anúncios da cidade.
Mas tem a pausa...
Ela sonha...
Os homens entregam suas forças e seguem caminho.
Ela acorda. E o corpo assumindo uma lua
ainda desconhecida. Aluada, caminha
Tressonhada, incomodada, lívida.
Cada movimento uma tentativa
a mulher olha para o mundo menina já não é mais
porque o corpo diz: já é hora...
Pensamentos não param
não param
não param
não param...
Ela tenta, mais uma vez concentrar-se.
Não é fácil.
No meio do caminho
uma vertigem
a raiva espelhada fere.
Ela tenta, mais uma vez concentrar-se.
Não é fácil.
As pulsações do seu coração é seu corpo inteiro.
Ela, a menina. A mulher.
Não compreende o esforço que emprega.
e tem quem olhe e não se agrade com o que vê,
ela nem pensa no que poderia ser além do que já é.
Tempo passa
o poema aumenta
as batidas do coração
apaziguadas...
A noite não tem fim.
E teve o homem que disse na praça:
é bom ter um corpo que seja você.
Ela descompreendeu, mas sentiu-se só.
Frustração, raiva, incompreensão
caos, fúria, ignorância... lavadas as palavras talvez fiquem mais bonitas.
Ela tentou:
Esperança, energia positiva, compreensão
harmonia, paz interior, sabedoria.
Agora pode ir dormir em paz.
O sono finalmente chegou.
Durma bem, menina, bons sonhos.
Danieli de Castro
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