sábado, 14 de dezembro de 2013

O dia do branco

Menina levanta bota o corpo para gingar
canta para Oxalá e se acalma toda...
O dia começa é o caos que se inicia?

Menina olha para o passado
e sorri maravilhada: ficou mais bonita...
Como o moço sempre lhe dizia, que o tempo passava e a beleza dela aumentava...

Constantes pensamentos desenfreados
cansam o corpo dela que caminha entre as vozes
e anúncios da cidade.

Mas tem a pausa...
Ela sonha...
Os homens entregam suas forças e seguem caminho.

Ela acorda. E o corpo assumindo uma lua
ainda desconhecida. Aluada, caminha
Tressonhada, incomodada, lívida.

Cada movimento uma tentativa
a mulher olha para o mundo menina já não é mais
porque o corpo diz: já é hora...

Pensamentos não param
não param
não param

não param...

Ela tenta, mais uma vez concentrar-se.
Não é fácil.

No meio do caminho
uma vertigem
a raiva espelhada fere.

Ela tenta, mais uma vez concentrar-se.
Não é fácil.
As pulsações do seu coração é seu corpo inteiro.

Ela, a menina. A mulher.
Não compreende o esforço que emprega.

e tem quem olhe e não se agrade com o que vê,
ela nem pensa no que poderia ser além do que já é.

Tempo passa
o poema aumenta
as batidas do coração
apaziguadas...

A noite não tem fim.
E teve o homem que disse na praça:
é bom ter um corpo que seja você.

Ela descompreendeu, mas sentiu-se só.

Frustração, raiva, incompreensão
caos, fúria, ignorância... lavadas as palavras talvez fiquem mais bonitas.

Ela tentou:

Esperança, energia positiva, compreensão
harmonia, paz interior, sabedoria.

Agora pode ir dormir em paz.
O sono finalmente chegou.
Durma bem, menina, bons sonhos.

Danieli de Castro

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