domingo, 30 de junho de 2013
Dogville
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quinta-feira, 27 de junho de 2013
Danza de la tierra - Ricardo Legorreta
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La danza
No te amo como si fueras rosa de sal,
topacio o flecha de claveles que propagan el fuego:
te amo como se aman ciertas cosas oscuras,
secretamente, entre la sombra y el alma.
Te amo como la planta que no florece y lleva
dentro de sí, escondida, la luz de aquellas flores,
y gracias a tu amor vive oscuro en mi cuerpo
el apretado aroma que ascendió de la tierra.
Te amo sin saber como, ni cuando, ni de donde,
te amo directamente sin problemas ni orgullo:
así te amo porque no sé amar de otra manera,
sino así de este modo en que no soy ni eres,
tan cerca que tu mano sobre mi pecho es mía
tan cerca que se cierran tus ojos con mi sueño.
Pablo Neruda
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segunda-feira, 24 de junho de 2013
O homem que virou suco
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A Pequena Revolução de Jacques Prevért
Há um poeta imóvel
No meio da rua.
Não é anjo bobo
Que viva de brisa
Nem é canibal
Que coma carne crua.
Não vende gravatas,
Não prega sermão,
Não teme o inferno,
Não reclama o céu.
É um poeta apenas,
Sob seu chapéu.
À sua volta, o trânsito
Escorre, raivoso,
E o semáforo muda,
Célere, os sinais.
Mas o poeta não sai
De seu lugar. Jamais.
Diz um padre: – “É pecador.
Blasfemou, praticou
Fornicação, assalto.
Por castigo ficou
Atado ao asfalto.”
Diz um rico: “É anarquista,
Que mastiga pólvora,
Que bebe cerveja.
E espera a explosão
Da bomba sob a igreja.”
Diz um soldado: “É agente
De potência estrangeira.
Aguarda seus cúmplices,
Ocultos em algum
Lugar desta ladeira.”
Diz um doutor: “É vítima
De mal perigoso.
Está paralítico,
Ou talvez nefrítico,
Ou então leproso.”
Ante notícias
Tão contraditórias,
Há queda na Bolsa,
Pânico na Sé,
Cai o Ministério,
E foge o doutor,
O padre, o soldado,
O Rico, o ministro,
O governador.
Sem donos, o povo
Livra-se dos impostos;
Sem padres, o povo
Livra-se da missa;
Sem doutores, o povo
Livra-se da morte.
As ruas se animam
De vozes, de cores,
De passos, pregões,
Abraços, canções.
E, no meio da rua
Sob seu chapéu,
Sob o azul do céu,
O poeta sorri,
Completo,
Feliz.
No meio da rua.
Não é anjo bobo
Que viva de brisa
Nem é canibal
Que coma carne crua.
Não vende gravatas,
Não prega sermão,
Não teme o inferno,
Não reclama o céu.
É um poeta apenas,
Sob seu chapéu.
À sua volta, o trânsito
Escorre, raivoso,
E o semáforo muda,
Célere, os sinais.
Mas o poeta não sai
De seu lugar. Jamais.
Diz um padre: – “É pecador.
Blasfemou, praticou
Fornicação, assalto.
Por castigo ficou
Atado ao asfalto.”
Diz um rico: “É anarquista,
Que mastiga pólvora,
Que bebe cerveja.
E espera a explosão
Da bomba sob a igreja.”
Diz um soldado: “É agente
De potência estrangeira.
Aguarda seus cúmplices,
Ocultos em algum
Lugar desta ladeira.”
Diz um doutor: “É vítima
De mal perigoso.
Está paralítico,
Ou talvez nefrítico,
Ou então leproso.”
Ante notícias
Tão contraditórias,
Há queda na Bolsa,
Pânico na Sé,
Cai o Ministério,
E foge o doutor,
O padre, o soldado,
O Rico, o ministro,
O governador.
Sem donos, o povo
Livra-se dos impostos;
Sem padres, o povo
Livra-se da missa;
Sem doutores, o povo
Livra-se da morte.
As ruas se animam
De vozes, de cores,
De passos, pregões,
Abraços, canções.
E, no meio da rua
Sob seu chapéu,
Sob o azul do céu,
O poeta sorri,
Completo,
Feliz.
José Paulo Paes
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terça-feira, 11 de junho de 2013
Finalmente- Ney Matogrosso
Sentir o teu perfume assim tão de pertinho
Esse teu cheiro que existe só na flora
Naquelas flores que também contém espinhos
A vida toda eu esperei essa glória
Beijar mordendo esses teus lábios de fruta
Boca vermelha cor de amora cor da aurora
Dois cogumelos recheados com açúcar
Já vem de longe esse desejo perene
Suco de kiwi escorrendo lentamente
Não é de hoje que eu preciso conter-me
Chegou a hora vamos ver finalmente
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domingo, 9 de junho de 2013
Domingo de (amar o) Sol...
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Sóis de Outono
Ai, doutor...
Todo o dia, quando o sol
se põe, sinto saudade...
- Acho que é amor...
- Tem cura?
- Espero que não...
Todo o dia, quando o sol
se põe, sinto saudade...
- Acho que é amor...
- Tem cura?
- Espero que não...
Danieli de Castro
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domingo, 2 de junho de 2013
Spider Lilies
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Devaneios
Gosto mesmo é de desenhar
o mundo
com as palavras
foi o que ela me disse
depois de dizer
que dormiu um sonho:
a cama era de flores
brancos jasmins
pleno perfume...
então levantou-se confusa
sem sorrir, mas alegre.
Não disse nada a ela
que enquanto dormia
eu sonhava
o calor do corpo dela
era cheiro de jardim...
o mundo
com as palavras
foi o que ela me disse
depois de dizer
que dormiu um sonho:
a cama era de flores
brancos jasmins
pleno perfume...
então levantou-se confusa
sem sorrir, mas alegre.
Não disse nada a ela
que enquanto dormia
eu sonhava
o calor do corpo dela
era cheiro de jardim...
Danieli de Castro
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sábado, 1 de junho de 2013
Aprovação
Meus antepassados
chegaram primeiro
deixaram a terra arada...
Possível de plantar,
Aí, a noite veio e cantou
a beleza que a acompanha sempre
às sextas- feiras.
Foi então a luz
maior
Meus antepassados
me acolheram pelo olhar
e aprovaram o que viram...
chegaram primeiro
deixaram a terra arada...
Possível de plantar,
Aí, a noite veio e cantou
a beleza que a acompanha sempre
às sextas- feiras.
Foi então a luz
maior
Meus antepassados
me acolheram pelo olhar
e aprovaram o que viram...
Danieli de Castro
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