É como um afago
Nas
pedras
Na pele
No pelo
Na Alma.
Danieli Casimani
É como um afago
Nas
pedras
Na pele
No pelo
Na Alma.
Danieli Casimani
Perdi a frase no meio
No meio da fumaça
Onde escrevi seu nome
A arte interrompeu o ato
No sonho era uma mulher e um homem
Um encontro de almas
Um cotidiano gentil
Mágico...
Talvez aí se encontre
o mistério
da esfinge...
Depois chorei de gratidão
Ao compreender o gesto
de fato...
E antes disto ainda haviam
dois atos...
De fato foram subversivos
juntos... rompendo manhãs
Noutras dimensões...
Nos portais que se abrem
silenciosamente
Sobre o mar...
Os fluxos e os fluídos
Do aconhego do mar
da Bahia...
Danieli Casimani
Vi os corpos
Sangrando pelo corte
Fino e rápido da sua espada.
Rapidamente meus olhos
Se puseram no chão...
Sabia a minha pele já
A dor da morte rápida e inaudível
No meio daquela solidão...
Inesperadamente olhei para cima
E ao olhar nos teus olhos
Meu corpo todo estremeceu
Mas, não era medo
O que eu sentia...
Era frio...
Sem que pudesse pensar
Qualquer coisa, senti o vento leve
Da sua espada caindo de ponta
Por detrás do meu corpo
E pensei que talvez morrer
Fosse algo indolor e inútil...
Não mudava nada...
Mas, ouvi sua voz grossa e rouca
Dizendo ao olhar nos meus olhos:
Você é muito linda...
E no seu olhar havia uma
Profunda
Tristeza...
Me levantei instintivamente
E corri compreendendo que ainda
Estava viva...
Você me salvou... E me beijou
Depois
Bem depois...
Danieli Casimani
Quanto fala o silêncio
Enquanto as borboletas voam
E as cigarras cantam?
Quanto a energia muda
Circundante e magnética
Empreende castelos de forte
Proteção?
Sonhei sonhos de despertar
Correndo... E mesmo assim
Te amei como a um filho
A um grande irmão
Sou tão sensível
Que choro ao ler meus próprios poemas
Que esqueci ter escrito algum dia...
E que falam da parte mais amorosa
E dramática e leonina e criativa de mim.
Um fogo aceso ardendo em paixão pela
Arte de viver bem a vida.
De desfrutá-la do início ao fim
Seja na dor e sobretudo que seja
Sempre no amor!
Pois assim decidi, planejei
E venho me dedicando
A esta concretização.
Só gratidão.
Danieli Casimani
um ano de amor se inicia
Cada tempo um novo espaço.-
Quando olhei o mar ele dizia...
Te esperei para o meu passo...
Um... Dois... Três... Quatro...
Cinco... Sete... Oito...
A tarde caiu fria... Inverno no peito
Verão no olhar...
O meu corpo todo sentimento
Te esperando desaguar.
Cada silêncio um momento
de nos desencontrar...
Nestas chaves tem o momento
de tudo harmonizar.
Te abraço no aqui e agora.
E aceito desembarcar.
Danieli Casimani
Ouvi os passarinhos me dizerem
São apenas 4 passos
Para você encontrar.
E eu no meu
Sobejo de tempo e paisagem...
poetizei... um estágio...
No meu sonho eram duas pombas brancas
de amor inteiro, me dizendo um tempo
de amor ao Todo, em pleno processo...
o Frio dos Tempos chegou e eu...
Apenas cobri meu corpo de
Espaço...
Quando te vejo sorrio...
E o espasmo me chama de
Horizonte...
Talvez meu tempo seja curto e tranquilo...
Também intenso e insano...
Nos sonhos escutava seu nome...
E a cada dia um novo compasso...
Se eu pudesse dizia
O meu sono é a completude do seu compasso...
Mas, a vida tem regras e rédias...
A cada ponto um novo espaço...
Amei o não me dizendo um tempo
Que eu sei tudo o
eu
faço.
Danieli Casimani